quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018


Ser ladrão.
O ladrão de outrora aguardava pacientemente.
Analisava, estudava o variante vacilar,
O trôpego passo,
O medo.
Eu não.
Sou ladrão assaltado.
Se sorrir,
Eu roubo,
Mato,
Morro.
O que pego eu deixo,
Eis minha marca.
Morro,
Mas roubo.
Assim me fiz,
Sempre na risca, no triz.
Deixo.
Se a campainha tocar,
Não serei eu.
Se a janela bater,
Não serei eu.
Sou explicitamente ridículo.
Pego, levo,
Amo e sofro.
Queimo, sofro,
Amo e deixo.

(Leonardo Schneider)

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