No silêncio, a falta de gesto,
a falta de berro,
a falta de gozo.
Um sussurro no mistério escondido.
A cada ato, a cada passo,
o pressuposto enraizado.
O gosto do ferro.
A língua entupida de versos.
A descarga, a cartada final.
Tudo isso explícito,
no ferro,
no berro,
no gozo e na descarga.
Mal dadas foram as mão no suplício,
que eternizaram a grande entrada.Que nos foi da dada a grãos de arroz.
Sem panela,
sem trapo,
sem casa.
Fritadas no alho, cozidas na dor.
De quem nos deu céu aberto
e esqueceu-se da cor que
a noite,
o dia
e a tarde,
evidenciaram na flor.
(Leonardo Schneider)