quinta-feira, 21 de julho de 2016


Toco as estrelas
as bocas e as noites
Não me intimidam essas tais explosões
esses inícios
Apenas me perco no meio
da metade pro fim
Não me arredo
mas se cansar eu apago
Assopro
faço ventar
Arranco se preciso
sem devaneios
Escondido em toca escura
ainda escrevo
Luz de vela
oco meio
Com esse pensar decidido
da metade pro fim


(Leonardo Schneider)

sexta-feira, 8 de julho de 2016



Virgem, te quero.
Cheiro novo, além mar.
Branco.
Espero cautelosamente, me chama.
Pé de ouvido.
Saudade desse cheiro.
Nada além de branco.
Assim,
Branco.

(Leonardo Schneider)

Assim a gente gosta.
Assim seremos até trás da porta.
Sorriso maroto de beira de estrada.
Escroto num tapa, assim será se precisarmos ser, não importa.
Assim seremos além da estratosfera.
Jeito brilhoso, pele lustrosa no sol, assim será.
O beijo no abraço, a cara no berro, indecentes dos pés á cabeça.
Quentes.
Seremos trágicos terremotos,
Vítimas incabíveis, maremotos, Tsunamis.
Do núleo,
Do perigoso e quente.


Do meio do mundo.
Assim somos.

( Leonardo Schneider)


Para onde iremos depois 
do tudo que não fizemos?
Sorrisos ali, descasos acolá.
Certamente és caso de alguns tantos lamaçais.
Ou terapia.
Para onde alguns pés firmes caminham?
Onde firmaste o tal pé?
Firmas-te? Jura?
Era certo esse teu corpo equilibrado, me diga?
Não tremia ainda sim? Corda bamba?
Não?
Vai, diga-me!
Encontras-te ou te achas em perfeito centro?
Tens ou não um palco?
(Observa-te bem!)
Tens? Estas? Chegas-te?
Diga logo, pois daqui sigo aflito.
Se não, cala-te e roa as unhas.
Ou telefone, mande e-mails.
Aqui não finjo personagem.

(Leonardo Schneider)