terça-feira, 12 de fevereiro de 2019


Vi teus olhos de relance.
Hoje o peito tudo vê, nada sabe.
Tão pouco escreve.
Nem eu.
Mas vi, certeza.
Se não eram teu brio, charme e cabelo,
Escrevo como hoje, como não escrevo.
Achei por demais engraçado
Os olhos nos olhos. 
Nas rodopiantes esquinas,
Um Liquidificador gigantesco,
Ou nada, 
chacoalhando.
Sempre chacoalha cedo atrapalhando os vizinhos.
Um relapso  de canto de guiso.
Mesmo subjugando ver e não sabendo,
Achando,
Feliz em achar,
Te vi.
Nos achismos estonteantes dos burros,
Ainda assim não tendo certeza, 
Tendo tua estrutura guardada em mim,
Nos meus caminhos,
Vi.
Não sei se me vendo ou te vendo.
E eu com o coração em ti,
Te vi.
Te vendo barato, é logico.
Me vendo.
Logo me lembro não esquecendo
Cada fuligem, cada pedaço.
Tu também.
Ali estava.
Hoje rasgo de longe versos pra ti.
Bem no olho,
Em que não queria.
No que nao dava razão.
Talvez viciado olho Pirata,
No papagaio , no meu e teu vão.

(Leonardo Schneider)