Vi teus
olhos de relance.
Hoje o peito
tudo vê, nada sabe.
Tão pouco
escreve.
Nem eu.
Mas vi,
certeza.
Se não eram
teu brio, charme e cabelo,
Escrevo como hoje, como não escrevo.
Achei por demais
engraçado
Os olhos nos olhos.
Nas rodopiantes
esquinas,
Um Liquidificador gigantesco,
Ou nada,
chacoalhando.
Sempre chacoalha cedo atrapalhando os vizinhos.
Um relapso
de canto de guiso.
Mesmo subjugando ver e não sabendo,
Achando,
Feliz em achar,
Te vi.
Nos achismos estonteantes dos burros,
Ainda assim não tendo
certeza,
Tendo tua estrutura guardada em mim,
Nos meus caminhos,
Vi.
Não sei se me vendo ou te vendo.
E eu com o coração em ti,
Te vi.
Te vendo barato, é logico.
Me vendo.
Logo me lembro não esquecendo
Cada
fuligem, cada pedaço.
Tu também.
Ali estava.
Hoje rasgo de
longe versos pra ti.
Bem no olho,
Em que não queria.
No que nao dava razão.
Talvez viciado olho Pirata,
No papagaio , no meu e teu vão.
(Leonardo Schneider)