sexta-feira, 8 de maio de 2015

Prelúdio em dó menor para aliviar essa nossa dor.


Desculpe-me por ser demasiadamente nefasto. Repare bem, com cautela, nossos pomposos e estrondosos fatos.
Eu não ando de avião e tu quase não andas de ônibus.
Somos equidistantes nesse amiúde movimentar-se.
Mas perto demais, nesse orientar-se,
nessa fajuta conclusão em que tiramos dos mundos e das flores.
Somos entre muitas noites, cores, o pensar e discutir.
Entre muitas madrugadas de admirarmos-nos,
o absoluto daquela nossa eterna solidão,
independente da regra ou estética.
Da falácia, verdade ou rima.
Essa nossa ida e vinda.
Esse eterno seu vai,
Sempre durará, eterno.
Fazes parte da intrínseca questão humana.E exibe os tais brilhantismos.
E mais do que isso,
Mais do que a morte e seus absolutos suportes ditatoriais,
Seremos sempre essa parte da nossa amizade que vai, foi, vem e tu sabes o retorno.
Somos esse ciclo.
Estar é verbo e tu muito me conheces.
Sinto tua falta de outro modo.

Nos já .

( Leonardo Schneider)