terça-feira, 30 de agosto de 2016

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

  
Por que não o livre braço?

Chatos.

Escrever sempre fora pra quem tem punhos.

Quem escreve é que sabe.

O que almejas daí fetichista confortável?

O que queres além de si?

Cadeirinha do papai?

Literatura dos avós?

Escreves?

Ah sim!

Mais que ninguém, é claro!

Me dê tua mão, vamos juntos.

O botão da descarga, sim!

Não?

Ah, entendi.

Tu és respeitoso, entendido.

Polido e categórico.

Oh, sim.

De antemão anuncio tua lápide:

“Eis aqui o sem forma em forma de observador. Bolor, bolor.”

Pronto!

Fim de ti.

Quatro pás, uma lágrima ou outra.

Talvez não.

Quem sabe chova?
Talvez aches a perfeita forma na derradeira descida,

Naquele oco vão

 De teu próprio caixão.

(Leonardo Schneider)


quinta-feira, 18 de agosto de 2016


Olha, olhe bem, bem lá no fundo de si.
Esse teu círculo, teu eu.
Essa porção maravilhosa.
Caminhos de luta.
Esse teu vem e vai, levanta e cai.
Cai.
Levanta novamente.
Vens, tornas a voltar.
Não te apoquentes, meu bem.
Tuas marés são recursos.
Tu sempre estas a ir, ninguém tira.
Vai, vai!
Teu barco é teu rumo.
Daqui do cais admiro-te.
Daqui faço festa.
Daqui sinto saudade.
Brindo quando voltas,
Choro quando partes.
Mas o sol é teu destino,
Nesse coração multicolor.
Vais te encontrar, eu juro.
Signo leão.
No mar.
Eu sabia.
Sempre soube do fundo.

Hoje te escrevo pro mundo.

(Leonardo Schneider)