sexta-feira, 19 de agosto de 2016

  
Por que não o livre braço?

Chatos.

Escrever sempre fora pra quem tem punhos.

Quem escreve é que sabe.

O que almejas daí fetichista confortável?

O que queres além de si?

Cadeirinha do papai?

Literatura dos avós?

Escreves?

Ah sim!

Mais que ninguém, é claro!

Me dê tua mão, vamos juntos.

O botão da descarga, sim!

Não?

Ah, entendi.

Tu és respeitoso, entendido.

Polido e categórico.

Oh, sim.

De antemão anuncio tua lápide:

“Eis aqui o sem forma em forma de observador. Bolor, bolor.”

Pronto!

Fim de ti.

Quatro pás, uma lágrima ou outra.

Talvez não.

Quem sabe chova?
Talvez aches a perfeita forma na derradeira descida,

Naquele oco vão

 De teu próprio caixão.

(Leonardo Schneider)


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