Por que não o livre braço?
Chatos.
Escrever sempre fora pra quem tem punhos.
Quem escreve é que sabe.
O que almejas daí fetichista confortável?
O que queres além de si?
Cadeirinha do papai?
Literatura dos avós?
Escreves?
Ah sim!
Mais que ninguém, é claro!
Me dê tua mão, vamos juntos.
O botão da descarga, sim!
Não?
Ah, entendi.
Tu és respeitoso, entendido.
Polido e categórico.
Oh, sim.
De antemão anuncio tua lápide:
“Eis aqui o sem forma em forma de observador.
Bolor, bolor.”
Pronto!
Fim de ti.
Quatro pás, uma lágrima ou outra.
Talvez não.
Quem sabe chova?
Talvez aches a perfeita forma na derradeira
descida,
Naquele oco vão
De teu próprio caixão.
(Leonardo Schneider)
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