Rebater,
esperniar pra que?
Voce sabia
e viu.
Tinha lido
todas estantes.
Seu caminho
entortou, não reparas-te?
Os livros
rasgara, as cartas, os rascunhos de guardanapos.
Rasgara
tudo que era, cada minuscula anotação.
Tudo que
movia em teu mundo, esquecera.
Onde andas?
Tens
rasgado universos?
E pena das
tuas fajutas penas, tens?
Te observo
daqui.
És um
dragão enjaulado,
No sentido zoo.
E se perdes,
se machuca, se atrofia.
Daqui jogo
as pipocas, já te alertei.
Quiça sera
jogo, quiça sera espécime.
No fundo não
me importa,
No fundo és nada perante mim,
No fundo és nada perante mim,
Sinto muito
por ti.
(Leonardo
Schneider)