Assim como vês do alto tudo que maquinas no longos dedos,
nas mãos limpas e espalmadas pra cima,
carregas sem saber o acerto.
Tu fuxicas daqui e de lá, tendo no peito a alforria.
Tu brilhas em demasia, confesso.
Embora tu não saibas disso por inteiro.
Tens a mais meticulosa pedra que ilumina,
Nesses teus olhos, sorriso e cabelos.
Um Maximiliano dom de calar-se.
Eu não.
Eu berro, grito e escrevo à caneta.
O ônibus chegou e logo percebi que falar de ti é ser
colorido.
Desde a primeira vez que te vi,
Desde o início dos tempos,
Desde o fundo de si.
(Leonardo Schneider)
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