terça-feira, 14 de junho de 2011

Uma piscadela sobre Belô





Hoje acordei diferente. Resolvi dar-me tempo (ócio. subst. grego=dar-se tempo. Antônimo de ócio=Negócio. Dar tempo à outrem.), deixar de lado as obrigações habituais, mas com uma certa malícia cotidiana. Daquelas que só a gente sabe, bem no fundinho, de quando pode e quando não pode dar-se esse luxo. Parti, sem muitas delongas, numa jornada que particularmente acho unica. Me camuflar entre os transeuntes. Mas, a meu ver, não era apenas me jogar na multidão belo-horinzotina, nem se esconder entre rostos atônitos e deflagrados pelo tempo. Era um momento de reflexão. Entre carros, ônibus, semáforos, passarelas e avenidas, encontrei um jeito de olhar a cidade com outros olhos. Obviamente, sai munido de uma câmera fotográfica bem carregada na tomada, emprestada, com a memória cheia de fotos que em nada me identificavam. Pois bem, o que mais me importava naquele instante mágico ( sem exageros ) era o fitar e fitar-se sem hora, nem lugar, nem medida. As arestas da cidade me empolgavam (como cachorros que saem pra passear depois de uma semana trancafiados no apartamento), seu colorido cinzento, suas janelas, seu ruído pulsante. Aos poucos descobri como é interessante essa jornada, sem partida, nem chegada. A maquina em punho, o olhar reto, constante, com a certeza impressa na lente. " Amo essa cidade."



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