A moral e a ética estão implicitamente ligadas ao claro discernimento do individuo, na ênfase do “conhece-te a ti mesmo.” Desvinculado radicalmente dos sentidos e do senso comum, partimos do pressuposto de que nada sabemos. Assim sendo, somos estritamente levados a dúvida, ao questionamento. Da dúvida em relação ao que se conhece deriva a comprovação crítica e a consciência da própria ignorância. Por tanto, a moral e a ética devem se distanciar das questões pré-estabelecidas da vida cotidiana para alcançar o cume do entendimento sobre o valor dos valores. Um verdadeiro despertar-se, pois diante tantas ignorâncias em relação ao agir sem perguntar-se, a ética e a moral distanciam-se de sua verdadeira natureza, de seu conceito. A multiplicidade de opiniões baseadas no cognitivismo e no senso comum, não ultrapassa as fronteiras dos determinismos encontrados na sociedade. Os pragmatismos e as questões utilitaristas impedem, cada vez mais, o homem de interrogar-se diante o mundo, de espantar-se. E isso é o que se faz tão necessário em tempos atuais.
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