domingo, 24 de julho de 2022

 Ilusão

Teus olhos apodrecidos,

Meu jeito tosco.

Quem tem razão?

E pra dormir, qual o descuido?

Qual coração, sem calmaria ou silencio?

Que bicho que assim ama?

Mas assim vamos.

No relapso de qualquer tempo,

De relance.

Das faces que viram,

Egípicios.

E fingimos o amor,

No teu e meu mundo.

O amor vibra.

Teu corpo nos agridoces,

Azedos,

Crassas alegrias.

Tu, eu.

Quem sabes no acolá?

Dos Grupos de dissídios?

Nos olhos flamejantes das coisas e pessoas,

Dos bons dias atravancados pelas necessidades fúteis

dos que olham, em vão, e em tudo percebem o belo.

Dos tolos. dos que se sentem, sofrem, se orgulham .

Do Trabalho?

Do Ruído?

Num Vazio,

Rascunho?

Somente tu,

Eu , nada?

Nesse escuro que são todas essas perguntas,

O absurdo silencio,

Teu, meu?

Do fundo digo, amor

Lutei.

Juro,

Lutei.


(Leonardo Schneider)


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