Ilusão
Teus olhos apodrecidos,
Meu jeito tosco.
Quem tem razão?
E pra dormir, qual o descuido?
Qual coração, sem calmaria ou silencio?
Que bicho que assim ama?
Mas assim vamos.
No relapso de qualquer tempo,
De relance.
Das faces que viram,
Egípicios.
E fingimos o amor,
No teu e meu mundo.
O amor vibra.
Teu corpo nos agridoces,
Azedos,
Crassas alegrias.
Tu, eu.
Quem sabes no acolá?
Dos Grupos de dissídios?
Nos olhos flamejantes das coisas e pessoas,
Dos bons dias atravancados pelas necessidades fúteis
dos que olham, em vão, e em tudo percebem o belo.
Dos tolos. dos que se sentem, sofrem, se orgulham .
Do Trabalho?
Do Ruído?
Num Vazio,
Rascunho?
Somente tu,
Eu , nada?
Nesse escuro que são todas essas perguntas,
O absurdo silencio,
Teu, meu?
Do fundo digo, amor
Lutei.
Juro,
Lutei.
(Leonardo Schneider)
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