Daqui, deste meu corner do
ringue, estremeço.
Brancura alemã, do outro lado,
calcula.
Me olha, mede pernas gingando.
Pugilista do ensaio que sou,
Arrisco golpes ao vazio.
Gongo, logo me lanço, aquecido.
Guarda aberta, afoito.
O soco.
Vitoria/erro. Que me importa?
Cachorros sem casa adormecem no
desmaio.
Lona.
Sonho seguro.
No vazio imbatível da brancura.
Tipo touro, toureiro.
Lençóis vermelhos a abanar.
Os olhos do touro, meus olhos nos
dele.
Escrita morta do soco/gancho
veio.
Negro.
Inicio dos fins.
Palavras, caneta, verso.
Lancei-me ao ar.
O touro.
O soco.
A brancura.
Do papel, arena.
(Leonardo Schneider)
Nenhum comentário:
Postar um comentário