quinta-feira, 5 de abril de 2018


Adoro quando vem o total silêncio.
Quase mal consigo sussurrar palavras num texto.
É madrugada.
Não qualquer madrugada.
Tem um “quê” de seriedade na noite de hoje.
Hoje sendo amanha,
Ao mesmo tempo o agora enquanto escrevo
E meio termo entre o peso do mundo de ontem
Aventurando-se na esperança do que virá,
Sinto-me oníricamente ciente.
Atentamente sonâmbulo.
Apenas escrevo.
Trêmulo ao segurar a caneta,
Honesto em minha verdade.
Escrever é perder-se,
Sonhar.
Tenho medo de esquecer-me,
De apenas dormir.
Apenas dormir.

(Leonardo Schneider)

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